O objetivo deste artigo é analisar as teses do sociólogo
alemão Max Weber (1864-1920) em relação ao campo da sociologia da religião,
especialmente o confucionismo e seus impactos na China, especialmente em
relação aos “letrados” que também se tornam parte da burocracia estatal sendo
também questionado o papel da educação tanto naquela sociedade como também na
obra deste importante intelectual da modernidade.
O sociólogo Karl Emil Maximiliam Weber possui uma vasta
obra, a ponto de ser considerado o mais erudito dos autores considerados
clássicos deste campo científico (além de Karl Marx, Émile Durkheim e Pierre
Bourdieu). De fato, Max Weber teve sua formação inicial em Direito mas atuando
tanto em História e Economia. A partir de 1904, quando passa a dirigir e a
pulicar na revista Archiv für
Sozialwissenschaft und Sozialpolitik [Arquivos para a Ciência Social e
Política Social] Weber orienta-se cada vez mais para uma obra que não apenas
sedimentasse a nova ciência da sociologia, mas, principalmente, lhe desse novos
direcionamentos e métodos. Assim, pode-se encontrar as temáticas mais diversas
em sua obra, desde questões de metodologia, além de política, direito, arte,
ciência, religião e economia (o capitalismo). Teorizou sobre formas e processos
de poder e dominação e de estratificação social (classes sociais, estamentos e
castas e partidos). Enfim, trata-se de um relevante autor do século XX,
possuindo dois textos que são emblemáticos de sua produção: texto A ética protestante e o “espírito” do
capitalismo (2004) e os dois
volumes de Economia e Sociedade (2004A). Um aspecto fundamental da obra de
Weber é também sua visão sobre o Oriente especialmente quando questiona dos
grandes sistemas de religião no mundo (confucionismo, taoísmo, hinduísmo e
budismo). Para nossa proposta neste texto, antes de apresentarmos as ideias
weberianas a respeito da religião chinesa, devemos compreender algumas de suas
proposições e conceitos sociológicos.
Primeiramente, é necessário
entender a forma que Weber se posiciona em relação ao método de estudo das
ciências humanas ou à cultura. Em seu período há fortemente a visão
metodológica positivista tanto na História, quanto na sociologia sendo
desenvolvida por E. Durkheim na França. Na Alemanha há uma forte influência do
idealismo kantiano sendo retomado como forma de metodologia histórica e social,
até mesmo como contraposição ao positivismo. Em Weber temos outra visão sociológica: “A originalidade
de Weber é não ter ele cortado as estruturas e instituições sociais da
atividade multiforme do homem, que é ao mesmo tempo o obreiro e o dono de suas
significações. Encontramos no centro de sua Sociologia a noção de atividade social” (Freund, 1980, p. 68).
Em Weber, portanto, a Sociologia deve ir mais a fundo na busca de seu objeto: a
atividade individual, a ação do indivíduo. Por este motivo, ele inaugura a
Sociologia Compreensiva. “Compreender, pode-se dizer, é captar a evidência ao sentido de uma atividade” (idem, p. 73-74).
Assim, o conhecimento na sociologia deve ser elaborado a partir
de tipos ideais. Weber (2006) considera que são os valores e ideais do
cientista que o inspiram a conhecer. E que tais valores e ideais devam ser
incorporados conscientemente pelo cientista social, para que haja a
“objetividade” das ciências sociais. O cientista é que deve estabelecer o
recorte da realidade a que pretende estudar, as relações de causalidade que
pretende estabelecer e quais valores pretende atingir, e isso de modo
consciente e racional. O cientista social procura definir a singularidade de um
determinado fenômeno social. A tarefa de “entrar na cabeça” das pessoas é
impossível, mas a atividade científica pode, através de sua metodologia, chegar
o mais próximo da intencionalidade do ator social. Para isso, o cientista não
pode julgar o ator com sua própria tábua valorativa, mas pode elaborar uma
tipologia de ação condizente com a relação social (histórica) que pretende
compreender, para que possa ser confrontada com a realidade empírica. O tipo
ideal consiste em um procedimento do sociólogo, e não um fim em si mesmo.
Conforme Quintaneiro et al. (2007)
são características do tipo ideal a unilateralidade (pois é uma elaboração
unilateral do sociólogo), a racionalidade (o tipo ideal tem fins estritamente
definidos pelo sociólogo, e deve se referir a um determinado aspecto da
realidade com clareza) e o caráter utópico (pois o tipo ideal, em si, não
corresponde à realidade, mas é o que permite que a realidade possa ser trazida
para a ciência social). O tipo ideal, na feliz comparação de Quintaneiro et al. (2007), é como o ator no teatro,
que exagera determinados aspectos da personalidade, como a avareza, a
sensualidade ou a maldade, para que a plateia reconheça tais aspectos da
individualidade. O sociólogo, através deste procedimento, visa exagerar os
aspectos da realidade que pretende compreender. O exagero não é a realidade,
mas é o que permite reconhecer o real.
Weber
participou ativamente dos debates epistemológicos e metodológicos de sua época,
o que implicou em profundos debates em torno da razão e racionalidade. Tal
debate não é propriamente uma novidade em sua época, mas desde o Renascimento a
racionalidade e a individualidade foram temas constantes da Filosofia. A obra
de Weber é também original por incorporar este debate no entendimento sociológico.
A racionalidade foi aos poucos incorporada na teoria weberiana, principalmente
a partir de sua recuperação em 1903. A racionalização foi observada por ele
como a intelectualização e aprimoramento técnico e especialização científica
peculiar ao Ocidente. Nas palavras de Freund (1980, p.19):
“Consiste
na organização da vida, por divisão e coordenação das diversas atividades, com
base em um estudo preciso das relações entre os homens, com seus instrumentos e
seu meio, com vistas à maior eficácia e rendimento. Trata-se, pois, de um puro
desenvolvimento prático operado pelo gênio técnico do homem. Weber caracteriza
ainda esta racionalização como uma sublimação, quer dizer como um refinamento
engenhoso da conduta da vida e um domínio crescente do mundo exterior.”
A
racionalidade não é apenas um traço do espírito humano, como pretende a
Filosofia, mas em Weber é racionalmente quantificável e determinada nas ações
sociais. “O processo de racionalização se estende a todas as formas de condutas
humanas: à religião, ao Direito, à ética, à educação, à ciência, o que garante
a sua ‘superioridade’” (Carvalho, 2004, P. 49). A racionalização é traço
característico da modernidade ocidental, embora possa ser observada no Oriente,
é no Ocidente que ela marcou profundamente esta sociedade. A ação racional é,
portanto, marca fundamental para entendermos a modernidade ocidental.
Importante notarmos que a época de Weber vive uma intensa descristianização, em
toda a Europa, ecoando na intelectualidade alemã: “O ‘Deus morreu’ de Nietzsche
é a expressão filosófica de uma crise geral dos valores religiosos” (Lallement,
2003, p. 278). Weber se ocupa do processo de racionalização crescente da
sociedade, como traço singular da modernidade.
Das
infinitas possibilidades de ações que o ser humano pode realizar, a ação
racional é essencial no ocidente, e sua compreensão é base do estudo
sociológico da modernidade. No entendimento de Weber, a tipologia ideal da ação
racional comporta as seguintes formas de ação:
“1) racional com relação
a fins: determinada por expectativas no comportamento tanto de objetos do mundo
exterior como de outros homens, e, utilizando essas expectativas, como
“condições” ou “meios” para o alcance de fins próprios racionalmente avaliados
e perseguidos.
2) racional com relação a valores:
determinada pela crença consciente no valor – interpretável como ético,
estético, religioso ou de qualquer outra forma – próprio e absoluto de um
determinado comportamento, considerado como tal, sem levar em consideração as possibilidades
de êxito.
3) afetiva,
especialmente emotiva, determinada por afetos e estados sentimentais atuais; e
4) tradicional:
determinada por costumes arraigados.” (Weber, 2001, p. 417).
Uma
parte fundamental da obra de Weber é sua teoria sobre a dominação. Se a
sociedade é o conjunto de ações sociais e relações sociais, devemos considerar
que ações e relações não são “soltas”, mas estão relacionadas a poder e
obediência. A questão que se impõe é como as ações encontram legitimidade, ou
ainda como perduram no tempo. A sociedade, observada da perspectiva individual
é um grande sistema de submissões, consentidas ou não, onde obedecer e ter
autoridade estão presentes em praticamente todas nossas relações: “Em todo caso
individual, a dominação (‘autoridade’) assim definida pode basear-se nos mais
diversos motivos de submissão: desde o hábito inconsciente até considerações
puramente racionais, referentes a fins” (Weber, 2004A, p. 139). Desta forma, a
dominação se torna um objeto de interesse da sociologia weberiana, ao lado da
racionalidade e assim como as ações, a dominação é uma probabilidade de entrega
da própria vontade à vontade de outras pessoas.
No
texto “Os três tipos puros de dominação
legítima” (2006A) Weber questiona a respeito da tipologia ideal pura das
formas sociais de obediência legítima, ou seja, na relação onde o dominado tem
convicção que a obediência é justa, correta e até mesmo racional. Nesta base de
legitimidade, há inclusive a presença de uma “base jurídica” (Weber, 2006A) que
garante sua existência interna no dominado. A primeira forma de dominação
legítima é a Dominação legal,
cuja ideia básica é “qualquer direito pode ser cria do e modificado mediante um
estatuto sancionado corretamente quanto à forma” (p. 129). Esta dominação
acontece em virtude estatutos e normas e seu tipo mais puro é a dominação
burocrática. Esta forma de dominação se relaciona com a ação racional, e
acontece em virtude da crescente racionalidade tanto nas instituições
políticas, como o Estado, como nas empresas capitalistas. A segunda forma de
dominação é a Dominação tradicional,
que ocorre “em virtude da crença na santidade das ordenações e poderes
senhoriais” (p. 131), sendo que seu tipo mais puro é a dominação patriarcal. Se
relaciona com a ação tradicional, e é a repetição do costume e da tradição –
familiar – nas relações individuais. O terceiro tipo é a Dominação carismática, que é “a
devoção afetiva à pessoa do senhor e a seus dotes sobrenaturais (carisma)” (p.
134), que implica no reconhecimento, por parte do dominado (apóstolo), em dotes
extraordinários, mágicos, heroicos, de poder (intelectual ou oratória) no
dominador (líder). A teoria da dominação em Weber tem o condão de compreender o
direcionamento de nossas ações, uma vez que a probabilidade de obedecermos a um
desses três tipos legitimamente é uma constante social, mas também se encaixa
em sua teoria da racionalidade, uma vez que a dominação legal é aquela que cada
vez mais se faz onipresente na vida do sujeito.
Conforme pudemos notar, Weber não foi originariamente um
sociólogo, mas percorreu um caminho científico até chegar nas questões sociais,
passando principalmente pela história e filosofia. Até o momento, parece que
sua contribuição à Sociologia foi essencialmente metodológica, o que é apenas
parte de seu sistema. Os debates e a ponderação metodológica que assumira, além
da visão sobre a racionalidade como traço social, “permitiram-lhe lançar novas
luzes sobre vários problemas sociais e históricos, e fazer contribuições
extremamente importantes para as ciências sociais” (Tragtenberg, 1980, p. XV).
Tais contribuições situam-se especialmente no seu entendimento sociológico
sobre as religiões e as relações econômicas, especialmente o capitalismo.
Parte fundamental de suas teorizações é a implicação que
as sociedades são também grandes sistemas de dominação e, ainda que as ações e
relações sociais impliquem em uma forma difusa de associação entre humanos (sem
um controle ou intencionalidade central) há um sentido em geral que é
construído de forma pessoal ou impessoal pelos atores sociais. A religião
possui um peso simbólico e tradicional fundamental para a ação dos homens e da
formação da cultura. No texto “A ética protestante e o ‘espírito’ do
capitalismo” (2004) Weber demonstra como a religião dá sentido às transformações do
mundo, molda a racionalidade ocidental e direciona o capitalismo como forma de
dominação do mundo, tendo como consequência o desencantamento do mundo e a
jaula de aço (2004, p. 164). Aqui inclusive se insere os Ensaios de sociologia
da religião que produziu, sobre a “Ética econômica das religiões mundiais”
(2016) que em seu primeiro volume analisa o confucionismo e taoísmo. A
expressão “ética econômica” significa os “estímulos práticos para a ação fundamentada nos contextos psicológicos e pragmáticos das religiões”
(p. 20, grifo no original).
No caso do Oriente, considera ele que “Mais que pela
posse, a posição social na China tem sido determinada há doze séculos pela formação
cultural e, particularmente, pela qualificação para ofícios públicos,
constatada por exame” (Weber, 2016, p. 203, grifo no original). Formação literária chinesa estabelecia a
posição social, e assevera, “até muito mais exclusivo do que na Europa durante
a época humanista” (p. 203). Os letrados chineses foram a camada de dominância
nesta sociedade:
“Os letrados chineses constituem e constituíram,
definitivamente há mais de dois mil anos, a camada dominante na China, embora
com interrupções e frequentes lutas violentas, mas sempre retornando e sempre
em proporções crescentes. (...). Pois bem, foi de incomensurável importância
para o tipo de desenvolvimento seguido pela cultura chinesa o fato de esta
camada dominante de intelectuais nunca ter assumido o caráter clerical como no
cristianismo ou no islame, nem tampouco o de rabinos judeus, brâmanes indianos,
sacerdotes do antigo Egito ou escritores egípcios ou indianos. É verdade que
ela se desenvolveu a partir de uma instrução ritual, mas com uma formação
distintamente laica.” (Weber, 2016, p. 204, grifo no original).
Apesar desta formação em paralelo à religiosidade, a
camada de letrados percebia-se como uma espécie de estamento, e enquanto uma
unidade, a condição de única portadora de cultura chinesa, e de forma
homogênea. Os letrados ocupavam a administração política interna, obrigando a
orientação da administração estatal de forma “correta” o que “condicionou o
abrangente racionalismo prático-político na camada de intelectuais na época
feudal” (Weber, 2016, p. 207). Assim, cabia “aos representantes da comunidade
influenciar os espíritos: ao imperador como sumo pontífice em favor da
comunidade política; aos príncipes em favor da família do chefe do clã e do pai
de família” (p. 206).
Ao se questionar sobre a formação dos letrados, ou seja,
de sua educação, Weber irá enunciar sua teoria dos tipos ideais de educação que
se dividem de forma bastante próxima da ação racional e dos tipos de dominação
(Sell, 2002, p. 210), o que é bastante interessante entendermos que para este
autor a educação é decorrência lógica da racionalidade e dominação.
Assim, uma primeira forma de educação é carismática onde
“A disciplina carismática da antiga ascese mágica e as provas heroicas
executadas por magos e heróis guerreiros com jovens mancebos tinham por
finalidade ajudar o noviço a adquirir uma ‘nova alma’ em sentido animista, um
renascer” (Weber, 2016, p. 218) uma vez que o “carisma não pode ser ensinado”
assevera ele.
Uma segunda forma de educação é a técnica, que “procura
treinar o educando a fim de torna-lo útil na prática para objetivos
administrativos, por exemplo no funcionamento de uma repartição pública, de um
escritório, de uma oficina, de um laboratório científico ou industrial, de um
exército disciplinado” (Weber, 2016, p. 218). Esta é portanto a educação mais
racional e que se encaixa na dominação legal.
Um terceiro tipo é a educação humanística (Sell, 2002, p.
210), onde ele a caracteriza como “a pedagogia do cultivo tem por finalidade educar,
de forma variável segundo o ideal cultural da camada social determinante, uma
‘pessoa de cultura’, o que aqui significa formar uma pessoa com determinada
conduta de vida interior e exterior” (Weber, 2016, p. 218). A título de
exemplo, Weber fala do Japão, onde o estamento dominante era de guerreiros
diferenciados, “a educação procurará fazer do educando um cavalheiro de estilo
cortesão que desprezará atividades de escrevinhação, como o fazia o samurai
japonês” (p. 218). Assim, esta é a forma de educação que segue a ação e
dominação tradicional.
Ao analisar a China e seus letrados, considera ele que
não se trata nem de uma educação carismática e nem da educação técnica: “Os
exames chineses não fixavam a qualificação especializada ao modo dos
regulamentos e ordens modernos e racionalmente burocráticos para os exames para
os nossos juristas, médicos, técnicos, etc. Por outro lado, não tampouco
determinaram especificamente a posse de um carisma, como as provas típicas de
magos e associações de homens” (Weber, 2016, p. 219). Assim a formação de
letrados é do tipo do cultivo, ou seja, o humanístico, onde se forma um
determinado tipo de homem, o letrado. O que daí decorre a unidade de classe em
tão extenso território. O que é interessante no caso é que “a camada culta chinesa
nunca foi um estamento autônomo de eruditos, como os brâmanes, mas sim uma
camada de servidores públicos e de candidatos a cargos públicos” (Weber, 2016,
p. 221).
Desta forma, embora o Estado chinês tenha se tornado
estável por milênios, justamente por sua camada de intelectuais, que, embora
formados em uma perspectiva religiosa não atuavam de forma religiosa, mas
burocrática e administrativa, por conta de uma educação calcada na tradição e
na formação do homem. E isto aconteceu por conta da religião confuciana que
manteve aspectos altamente ritualísticos e inclusive manteve aspectos de magia.
Por conta disso, “as características ritualistas desta religião produziram um
‘racionalismo de acomodação do mundo’” (Sell, 2012, p. 127).
A obra de Weber possui assim imenso potencial para a
compreensão da história e da sociedade. Muito embora seus escritos possuam mais
de um século e que possam ser confrontados com diversos estudos críticos sobre
o orientalismo, os temas levantados pelo autor alemão como a dominação,
racionalidade e educação tanto no oriente como no ocidente são de grande
importância para as ciências humanas de nossos dias.
Referências
Rafael
Egidio Leal e Silva é professor Me. de Sociologia do Instituto Federal do
Paraná Campus Umuarama.
CARVALHO,
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FREUND,
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LALLEMENT,
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UFMG, 2007.
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C. Sociologia clássica: Marx, Durkheim e Weber. 3.ed. Petrópolis: Vozes, 2012.
SELL.
C. Max Weber e a sociologia da
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1. E 2.
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7.ed. São Paulo: Ática, 2006ª.
WEBER,
M.. A ética protestante e o “espírito” do capitalismo. São Paulo: Companhia das
Letras, 2004.
Caro Rafael, muito bacana a perspectiva de seu texto, trazendo Weber e sua discussão sobre a China. Uma coisa me chamou atenção em especial: você considera a Rujia [no ocidente, o 'Confucionismo', termo criado pelos jesuítas] como uma religião? Ou essa é uma afirmação weberiana? Me parece intrigante uma 'religião burocrática', ou uma 'burocracia religiosa', ou ainda algum termo que contemple essas relação de forma mais adequada. =)
ResponderExcluirGrato!
Prezado André, antes de mais nada gostaria de te parabenizar por todo o esforço nesses belíssimos eventos que eu tenho a honra de estar presente. Agora veja, considerar o Confucionismo como a "religião da China" é algo weberiano, presente mesmo na obra dele ao propor um estudo comparado dos grandes sistemas religiosos mundiais. É bastante interessante a forma que o sociólogo alemão (sem dispor de fontes diretas, diga-se de passagem, afinal estamos tratando de início do século XX) encaixa os relatos sobre a sociedade chinesa com suas teses sobre a burocracia e a racionalidade. Acho que seria muito interessante o caminho oposto, ou seja: como o pensamento chinês lidaria com a obra de Weber?
ResponderExcluiratt. Rafael Egidio Leal e Silva
gostei da ideia, vou atrás =) grato! abraço!!! André
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