HIROHITO, MACARTHUR E GODZILLA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA ESTRUTURA MELODRAMÁTICA DA NARRATIVA FUNDADORA E SUA IMPORTÂNCIA NA RELAÇÃO NIPO-ESTADUNIDENSE por Rafael Victor S. Amaral e Caroline T. Martins Santos


Para a historiografia, a memória se tornou um conceito complexo que assimilado ao passado constitui um vasto campo teórico da história, por possibilitar variadas abordagens de fontes. A partir das fontes, o estudo de documentos não se restringe apenas ao que o historiador tem em posse, mas sim aos eventos humanos no contexto ao qual estão inseridos. Logo, a ciência sobre eventos históricos se faz por meio do estudo do homem no tempo e seus desdobramentos [BLOCH, 2001, p. 55]. Portanto, consideramos a memória em seu potencial de comunicação e socialização, tornando-a parte do presente e responsável por constituir um referencial de ideia, enquanto é adequada para linguagem compatível aos grupos sociais que sucedem aos fatos [BARROS, 2017, p. 12].

 

O compartilhamento da memória a partir da linguagem através de diversos grupos sociais, pressupõe a mutação da fórmula narrativa e percorre pela memória de cada indivíduo. Ao pensar nisso, deve-se considerar a memória imediata ao fato constituído de vestígios comportados na memória do ser humano. Logo, há uma seleção de informações e registros veiculados ao sujeito para constituir sua lembrança limitada por natureza [LE GOFF, 1984. p, 13]. Esse fator leva a necessidade de socialização da memória, porque a compreensão de cada sujeito pertencente à sua realidade – assim como também na sociedade –, a comunicação de lembranças confere um sentido de existência. Diante disso, Michel Pollak afirma:

 

‘Em todos os níveis, a memória é um fenômeno construído social e individualmente, quando se trata da memória herdada, podemos também dizer que há uma ligação fenomenológica muito estreita entre a memória e o sentimento de identidade’ [POLLAK, 1992, p. 204].

 

Nosso recorte está voltado para a memória sobre os desdobramentos que precedem a desistência do Japão em prosseguir com a guerra, influenciada especialmente por sua relação com os Estados Unidos. De acordo com o conceito de “narrativa fundadora" desenvolvida por Yoshikuni Igarashi, a construção desta narrativa ocorreu por meio da memória vivenciada na aceitação da derrota japonesa frente aos Estados Unidos. Justificou-se, a partir das preocupações humanitárias mediante às consequências, o desenvolvimento do discurso popular para entender a repressão de memórias dos conflitos e o aspecto reducionista acerca do Japão nos períodos de guerras, que neste caso apenas pauta o ataque de bombas atômicas no país [IGARASHI, 2011, p. 58-112]. Dito isso, Igarashi nos introduz ao espetáculo melodramático de poder performado por ambos os países. O melodrama presente nas relações de interesse nipo-estadunidense, viabiliza a construção da memória. Conforme sua possível veracidade, é indispensável considerar as influências perante este elemento de relevância nacional. 

 

Compreender a estrutura melodramática implica o retorno às suas primeiras manifestações na França durante o século XVIII. Os franceses presenciaram o advento do gênero artístico contextualizado pela Revolução Francesa. Ela possibilitou novas ramificações dentro da estrutura narrativa teatral, onde antes a composição era principalmente veiculada por meio da tragédia e comédia, restrito às primeiras instâncias francesas [SOUSA; CHAGAS, 2012, p. 4]. Em consonância com o contexto de transformações político-sociais, “a revolução francesa foi um movimento de consciência coletiva, da mesma forma que o melodrama foi expressão e reflexo deste [SOUSA; CHAGAS, 2012, p. 4]. 

 

A estética melodramática condensou um repertório teatral condizente ao seu contexto de origem cercado por crises e conflitos. O caráter pantomímico composto por novos elementos cênicos, fundamentam-se como as principais características do gênero em ascensão. De acordo com Jean-Marrie Thomasseau [2005, p. 16-18], atribuía-se ao melodrama adjetivos pejorativos e simplistas, reduzindo-o a peças musicais, ou, como a literatura explicou, uma degenerescência da tragédia. Contudo, a inserção dos números de dança, figurinos, cenário e acréscimo de personagens, configuraram sua complexidade para o desenvolver do gênero.

 

Ademais, a adequação de tais elementos para o desenvolvimento do enredo, revelam o fator diacrônico do melodrama em metamorfose, perceptível dentro de recortes temporais, espaciais e sociais que não se limitam ao seu contexto clássico. À aplicabilidade do texto, conferem-se narrativas contemporâneas empregadas em discursos políticos distintos, evidentes no campo da história coerentes às suas particularidades. 

 

Apesar de sua gênese europeia e considerando as questões específicas pertinentes do melodrama no eixo ocidental, partimos da hipótese de que essa estrutura narrativa utiliza a construção da “narrativa fundadora”, onde, de acordo com Yoshikuni Igarashi, os Estados Unidos e Japão protagonizaram o fim da Segunda Guerra Mundial e o início do pós-guerra, além da reconstrução do território japonês [2011, p. 59-60]. Logo, a relação antagônica entre os dois países pode ser entendida conforme Igarashi explica: 

 

“A sequência de eventos que levou ao encerramento do conflito entre os dois países - os ataques a Hiroshima e Nagasaki e a chamada decisão divina do Imperador determinar a guerra - forneceu os fundamentos pelos quais a liderança japonesa dos tempos de guerra conseguiu estabelecer uma narrativa capaz de dirimir a tensão criada pela aceitação da derrota. Essa narrativa levou ao acobertamento da derrota japonesa sobre o disfarce da necessidade estratégica e preocupações pela humanidade em geral; entretanto, nos anos imediatos do pós-guerra, a liderança americana participou do reforço dessa narrativa através do apoio ao imperador” [2011, p. 59].

 

Com isso, embora a liderança dos Estados Unidos e o Imperador Hirohito não tenham feito parte de uma trama fictícia, é possível identificar a eclosão da tragédia melodramática em Hiroshima e Nagasaki para o alvorecer triunfante dos personagens envolvidos nesta narrativa, que por sua vez, precisam lidar com a desolação angustiante para atingir a euforia desejada.

 

Aos envolvidos em uma narrativa melodramática, cabe a eles sustentar a estrutura inicial da trama implicada através da polarização expressiva acerca do “mal sobre o bem”. Logo, são responsáveis por transmitir a oposição de valores entre si, resultando na reação violenta como única solução viável de resolução final. Assim, para que o bem resgate a virtude e serenidade, o confronto implica não só a necessidade de restabelecer a harmonia, como também aplicar a punição cabível aos responsáveis por suas condutas malignas [HUPPES, 2000, p. 27]. Da mesma forma, compreendemos que a estrutura bipolar constante de alterações sentimentais, preserva a identidade artística do melodrama ao entregar ao público o traço principal de surpresa iminente, possibilitada pela elasticidade de tramas baseadas em inúmeros contextos [HUPPES, p. 27-29].

 

Coerente a estrutura melodramática, Igarashi explica que, a narrativa fundadora serviu para determinar o papel dos Estados Unidos como os responsáveis por apresentar o poderio bélico de escala sobre-humana, enquanto que a responsabilidade de interromper a destruição do mundo fosse do imperador, assim Hirohito utilizaria de sua decisão divina nessa narrativa, para enfim salvar a todos aceitando a derrota. Entretanto, o maniqueísmo estrutural do melodrama não se dá apenas aos interesses de um dos países, pois ambos se beneficiaram desta narrativa em função de seus interesses próprios [p. 59-60]. No entanto, mesmo que o imperador tenha “salvo o mundo” ao utilizar de sua decisão divina, a narrativa fundadora identifica-o com traços de vilão:

 

“Com a certeza implícita de que a instituição Imperial iria permanecer, o governo americano também participou na produção da narrativa fundadora baseando-se em partes, nas ações do grande homem. [...] Logo após a derrota do Japão, os EUA e o Japão remodelaram seu relacionamento de acordo com um melodrama de salvação e conversão. Neste melodrama, os EUA salvam um bom inimigo, Hirohito, um dos elementos deletérios do país inimigo, e o bom inimigo se converte em representante dos valores americanos” [IGARASHI, 2011, p. 82].

 

Nota-se que, o Japão no papel de vilão arrependido firma aliança com os Estados Unidos perante o auto sacrifício em dimensão heroica na guerra. Dito isso, podemos identificar o choque de valores morais no Japão com a assinatura da Declaração de Potsdam, em 2 de setembro de 1945. Sobre o peso social por admitir a derrota, Ruth Benedict descreve:

 

“Os japoneses, porém, definiam de maneira diferente a situação. A honra ligava-se à luta até à morte: Numa situação desesperada, um soldado japonês deveria matar-se com a sua derradeira granada de mão, ou atacar desarmado o inimigo, numa avançada suicida em massa. Não deveria, porém, render-se. Mesmo se fosse aprisionado ferido e inconsciente, nunca mais ‘poderia andar de cabeça erguida no Japão’, estava desonrado, ‘morto’ para a sua antiga vida” [1972, p. 39].

 

Então quando o Japão se rendeu, devido ao fato da decisão partir do representante do país e sua identidade, existe um choque de sentimentos, pois se tratava de uma decisão totalmente repudiada pela população vinda da maior liderança cuja descendência divina afirmava-se absoluta. Portanto, ao invés de considerar a humilhação da derrota, a narrativa fundadora serviu para ressignificar a derrota japonesa para a construção de uma memória coletiva que pudesse apagar a desonra na história do país. Para isso, o papel feminino de vilão adotado pelos japoneses, serviu para a narrativa que se desenvolvia no Japão, não apenas como um vilão perverso, pois, “existem ainda no melodrama alguns outros tipos particulares que são, todavia, pouco comuns: o vilão que se arrepende [...], utilizado em melodramas nos quais a clemência do herói deve ser sublinhada; a mulher ‘vilã’ [...]  - muito rara no melodrama de modo geral, que dá às mulheres o papel de guardiãs das virtudes familiares; e, o vilão que se redime ajudando o herói” [THOMASSEU, 2005, p. 41 e 42].

 

Certamente, esses elementos vilanescos são perceptíveis no Japão, incluindo a identificação do país como “mulher vilã”. Logo, o relacionamento sexualizado entre Japão e Estados Unidos convém a cumprir o papel de união entre os dois na narrativa fundadora, cuja função está em dar ao herói uma companheira dócil e perigosa, por mais que seja ameaçadora, encontra-se dominada de acordo com os desejos dos Estados Unidos [IGARASHI, 2011, p. 82-23]. O “casamento” entre os países se dá por meio da fragilidade vivida pelos japoneses, que encontram nos estadunidenses o companheirismo necessário para superar seus traumas e alcançar seu perdão. O herói é o personagem mais indicado para isso, por expressar empatia e misericórdia pelo antagonista digno de gratidão amável no que tange à aceitação humilhante e heroica da derrota [IGARASHI, 2011, p. 89]. A sensibilidade de Hirohito se torna de conhecimento público através das descrições de MacArthur. O general se preocupou em humanizar o descendente de Amaterasu com o objetivo de comover o maior número de pessoas enquanto enfatiza o perigo iminente que o imperador ainda representava para os Estados Unidos [IGARASHI, 2011, 84-85).]

 

Sobre essa parceria entre os dois países, refutamos a perspectiva acerca do imperador como sujeito apolítico por dois motivos: primeiro porque ao nosso ver, todos os indivíduos inseridos em qualquer sociedade necessitam de realizar escolhas conscientes para concretizar suas relações sociais, logo, manter-se neutro, na prática contribui indiretamente  para desfechos que dizem respeito ao mesmo indivíduo; e, também porque assim como os Estados Unidos, Hirohito partilhava aversão e ódio ao comunismo [HENSHALL, 2012, p. 147]. A suposta ameaça do inimigo soviético serviu para o governo estadunidense justificar sua política expansionista no Japão, ao passo que o Japão justificava sua parceria no combate ao comunismo e anarquismo. A guerra continua para ambos os países, mas com outro inimigo em comum [BIAGI, 2007, p. 65]. A narrativa fundadora se consolidou ao manter em sua trama o perigo iminente. Se antes o herói e o vilão tiveram o confronto de proporções catastróficas para um deles, a nova ameaça ainda maior coloca em risco a existência de todos os envolvidos no melodrama.

 

O encontro de Hirohito e MacArthur em 29 de setembro de 1945 está marcado pela fotografia destes líderes militares. Momento importante da história japonesa, imortalizada em uma fotografia, nos apresenta a relação entre estes símbolos de representação melodramática na narrativa fundadora. Na figura 1, podemos observar a construção da fotografia a seguir:

 

Figura 1: General Douglas MacArthur e o Imperador Hirohito. Disponível em:  https://medium.com/@izana/the-meaning-behind-this-picture-of-emperor-hirohito-and-general-macarthur-e94d5ff2b91d. Acesso em 22 de set. 2022

 

A fotografia acima fornece algumas informações da união Estados Unidos-Japão. À esquerda da imagem, MacArthur é apresentado em seu traje militar e conduz o espectador a concluir que ele está a exercer seu trabalho como homem do campo de batalha e da diplomacia. O Imperador à direita, de postura mais rígida em relação ao estadunidense, veste-se, também, formalmente. Apesar de ser o imperador, na imagem ele traz um contraste em relação a figura vitoriosa do general. Há, aparentemente, certa pacificidade na imagem, mas a relação de poder implícita, sugere uma posição subalterna de Hirohito. A estrutura física do militar na fotografia, enfatiza atributos que nos remetem a masculinidade ocidental, e corresponde a um contraste sexualizado de registro matrimonial: esposo-esposa/general-imperador [IGARASHI, 2011, p.90-91]. Futuramente, adjetivos como amável, tímido, sincero e frágil seriam utilizados para se referir à Hirohito. A situação em questão trata-se da visita do imperador aos Estados Unidos, onde encontraria John Wayne e outras personalidades conservadoras que interpretaram filmes de guerra contra os japoneses. Portanto, podemos assimilar, novamente, a questão da baixa estatura do imperador – e seus outros adjetivos – à sua imagem, construída dentro do espectro feminino [IGARASHI, 2011, p.107-108].

 

Além da fotografia, a narrativa fundadora pode ser percebida também na consagrada produção cinematográfica Gojira [Dir: Ishiro Honda, Toho Co.: Japão, 1954], no Brasil intitulada Godzilla. O Kaiju [grosso modo: monstro gigante] que dá nome ao filme teve sua origem do melodrama radiofônico Kimi no na wa, monstro vítima de uma catástrofe e ao mesmo tempo inimigo do Japão [GREINER, 2015, p. 96]. A monstruosidade de Gojira presentifica no seu corpo o passado atômico que reprime as memórias ocultas antecedentes à catástrofe representada pelo kaiju. Na figura a seguir, consideramos importante evidenciar a aparência física do monstro no pôster oficial do filme:

 

Pôster oficial de Gojira (1954): Disponível em: https://www.imdb.com/title/tt0047034/. Acesso em: 24 de set. 2022

 

O poster não só anuncia o perigo, como também faz questão de demonstrar a inutilidade do poderio bélico militar diante do monstro em dimensões nucleares. O contexto do filme situa-se próximo à retirada das tropas de ocupação estadunidense no Japão, logo, incorpora para si também o debate acerca do próximo conflito que envolverá o país, composto por questionamentos que incluem o uso de arsenal nuclear. ‘Gojira’ tornou-se um símbolo de identidade e antagonismo para o Japão. Retratado em películas posteriores como sequela do passado, ele rendeu bilheterias além das expectativas [GREINER, 2015, p. 97]. Entretanto, a banalização de Gojira é algo a ser considerado. Em 1962, por exemplo, o King Kong vs Godzilla, [Dir: Ishiro Honda, Toho Co.: 1962] fenômeno mundial, conta com a participação do monstro e rei dos macacos. No filme, Kong é transportado para o Japão com objetivo de combater a ameaça de Gojira, enquanto a ONU acompanha o embate em transmissão televisiva. O show promovido nesta produção acentua o deslocamento do monstro da Ilha da Caveira para o Japão, enquanto todos apostam nele para combater o kaiju e salvar os japoneses da destruição total [GREINER, 2015, p. 97-99]. Na obra é possível ver a representação do deus dos monstros – um ser da natureza ligado ao perigo nuclear na terra, fruto da guerra, e personificação dos sentimentos revoltosos e indignados da memória japonesa – ser colocada de lado. Além disso, não se trata apenas da inversão de valores morais e banalidade do monstro, mas reforça a narrativa melodramática sobre a personalidade ambivalente vilanesca do Japão que recorre aos Estados Unidos para manter-se em controle. Ademais, o lançamento de Godzilla vs King Kong [Dir: Adam Wingard, Toho; Warner Bros, 2021], diferente da versão de 1962, mostra os dois monstros em confronto, mas apesar da vitória, no decorrer do filme o kaiju conta com a ajuda do seu rival para enfrentar uma ameaça ainda maior, tal qual a narrativa fundadora orquestra a situação política entre o Japão e os Estados Unidos.

 

Os filmes e a fotografia mencionada, são exemplos de documentos compostos por elementos pertinentes à narrativa fundadora. As fontes visuais discutidas aqui, transmitem parte do discurso construído através de um “sentido comum” em prol do modelo seguido em histórias nacionais, as quais recorrem aos heróis e antagonistas no intuito de facilitar a legitimidade e incorporação do passado [SARLO, 2007, p. 14]. As intenções políticas estão presentes em diversos setores da historiografia, cada vez mais efervescentes quando situadas em campos de interesse político, pois o controle de narrativas está além da subjetividade que percorre a esfera pública [SARLO, 2007, p. 67]. Os usos do passado por meio da memória presente na narrativa fundadora, revelam que, “[...] tornar-se senhores da memória e do esquecimento é uma das grandes preocupações das classes, dos grupos, dos indivíduos, que dominaram e dominam as sociedades históricas” [LE GOFF, 427, 1990]. Sendo assim, todo este melodrama serviu fundamentalmente para constituir o elo que permanece até a atualidade.

 

Referências

Rafael Victor Soares Amaral é graduando do curso de História na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.

Caroline Tawany Martins Santos é graduanda do curso de História na Universidade Estadual de Montes Claros – UNIMONTES.

 

BARROS, José de Assunção. Tempos e Lugares da Memória – Uma relação com a história. Historiae. Rio Grande, Ed. 8, 2017. p. 09-30.

 

BENEDICT, Ruth. O Crisântemo e a Espada: Padrões da Cultura Japonesa. São Paulo: Perspectiva, 1972.

 

BIAGI, Orivaldo Leme. O imaginário da Guerra Fria. Revista da história regional, vol.06 n° 01, p. 62-112. 2007.

 

BLOCH, Marc. Apologia da história, o ofício do historiador. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.

 

Godzila. Imdb. Disponível em: https://www.imdb.com/title/tt0047034/. Acesso em: 24 de set. 2022.

 

GODZILLA vs King Kong. Dir: Adam Wingard, Toho Co.; Warner Bros, 2021. 1 DVD.

 

GODZILLA. Dir: Ishiro Honda, Toho Co.: Japão, 1954. 1 DVD.

 

GREINER, Christine. Leituras do Corpo no Japão e suas diásporas cognitivas. 2015. 180 f. Tese (Livre docência em Comunicação) - Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2015.

 

HENSHALL, Kenneth. A History of Japan: From Stone Age to Superpower. Palgrave Macmillan, Londres, Inglaterra. 2012.

 

HUPPES, Ivete. O melodrama: o gênero e sua permanência. São Paulo: Ateliê Editorial, 2000.

 

IGARASH, Yoshikuni. Corpos de Memória: narrativas do pós-guerra na cultura japonesa (1945-1970). Tradução: Marco Souza; Marcela Canizo. Annablume. São Paulo, 2011.

 

KING Kong vs Godzilla. Dir: Ishiro Honda, Toho Co.: Japão, 1962. 1 DVD.

 

LE GOFF, Jacques. História e Memória. São Paulo: Ed. Unicamp, 1990.

 

LE GOFF, Jaques. Memória. In: GIL, Fernando; ROMANO, Ruggeiro. Enciclopédia Einaudi: História e Memória. Lisboa.  Nacional-Casa da Moeda. 1984.

 

POLLAK, Michael. Memória e identidade social. Estudos históricos, Rio de Janeiro, vol 5, p. 200-220. 1992. 

 

SARLO, Beatriz. Tempo passado: Cultura da memória e guinada subjetiva. Trad. Rosa Freire D’ Aguiar. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

 

SOUSA, Ricardo Barbosa Fernandes de; CHAGAS, Polyana Amorim. O Residual Melodramático na Ficção Audiovisual da Contemporaneidade. Intercom XIV Congresso de Ciências da Comunicação na Região Nordeste [anais eletrônicos]. Recife, 2012. Disponível em: http://www.intercom.org.br/papers/regionais/nordeste2012/resumos/R32-0244-1.pdf. Acesso em 24 de set. 2022.

 

The meaning behind this picture of Emperor Hirohito and General MacArthur. Izana Tarres. Medium, 9 de mai. 2022. Disponível em:  https://medium.com/@izana/the-meaning-behind-this-picture-of-emperor-hirohito-and-general-macarthur-e94d5ff2b91d. Acesso em 22 de set. 2022.

 

THOMASSEAU, Jean-Marie. O melodrama. Trad. Claudia Braga e Jacqueline Penjon. São Paulo: Perspectiva, 2005.

5 comentários:

  1. Olá,

    Até antes da guerra, a imagem e a voz do imperador não eram veiculados, como uma forma de manter o aspecto divino de sua existência. Dentro da narrativa que foi estabelecida para superar o trauma da guerra, como encaixaram esse caráter divino de sua personalidade?

    abraços,
    Victor Raphael Rente Vidal

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  2. Thereza Cristina de Oliveira e Silva4 de outubro de 2022 às 18:45

    Olá, boa tarde! Gostaria de fazer uma pergunta sobre o texto, mas fiquei com a impressão que o último parágrafo está cortado. É isso mesmo? Ou o texto termina com uma vírgula?
    Obrigada e aguardo.

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  3. Olá!

    Texto e reflexões bastante interessantes.

    É possível mensurar o quão a Guerra Fria influenciou a narrativa melodramática imediata do Japão pós-guerra?

    Grato pela atenção.

    Saudações!

    Willian Spengler

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  4. Carla Cristina
    Rafael e Caroline
    Gostaria de parabenizar pelo texto. Como podemos trabalhar esse melodrama presente nas relações de interesse nipo-estadunidense, dentro da sala de aula?

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