A LENDA DAS RAPOSAS JAPONESAS NA SOCIEDADE DA ERA EDO (1603-1868) por Olívia Nogueira Flausino e Juliana Bastos Marques

 

A era Edo é um período de grande mudança para o Japão, nos trazendo uma visão sociocultural nova, cheia de cores, danças, pinturas e livros populares. Entre todas essas cores, surgem os seres místicos, conhecidos por yokais, contudo, as lendas que se destacaram mais nesse período, foi a lenda das raposas. Se disfarçando de belas mulheres ou sendo as mensageiras da deusa Inari, a deusa do arroz e da fertilidade, o folclore das raposas sempre foi muito presente e muito popular no período Edo, instigando a curiosidade dos japoneses e buscando contos que falassem sobre esse ser sobrenatural que causava tanto interesse na população. As raposas tinham suas várias facetas e versões, sendo vistas como seres “malignos” como também “benignos”, dependendo da região, estavam sempre entre a ambiguidade do bem e do mau, bastando apenas uma análise do comportamento desses belos yokais serem feitos por um humano para lhe dar o veredicto final. As várias facetas das raposas podiam variar entre pregar peças e serem amáveis e ajudar os que necessitam. Mas a pergunta mais interessante que podemos fazer também é: Por que o período Edo? O próprio período nos apresenta uma era de grande paz que foi imposta pelo xogunato Tokugawa, que buscava desenvolver tanto a economia, quanto a sociedade e consequentemente, a cultura. Uma nova era cultural no Japão começou graças ao período Edo e por conta do êxodo rural que ocorreu com a caça as espadas pelo xogunato Tokugawa (Walker, 2017). Com japoneses de várias regiões do país, e de várias classes sociais, trouxeram consigo suas visões culturais e seus próprios ritos para a cidade, o que ocasionou essa nova cultura cheia de cores, danças e pinturas. Além, é claro da nova arte popular que chegou para a população e despertou o interesse da classe de comerciantes. E foi nesse período em que a história acabou se misturando aos mitos, onde não se sabiam o que era mito e o que era real, o que nos ajuda a entender como é tão presente o folclore japonês no seu dia a dia a ponto de ser tão comum quanto fazer suas tarefas diárias.

 

Sobre o comportamento sociocultural sobre as lendas das raposas japonesas na Era Edo, trazendo a problemática do que é cultura japonesa e quebrando alguns estereótipos que acabaram sendo expostos pelas mídias da cultura pop japonesa, especificamente o folclore das raposas. A visão que trazem é de um ser místico malicioso, trazendo uma generalização sobre o que seria o folclore das raposas e ignorando as outras visões regionais sobre as lendas, trazendo uma única visão das raposas como apenas mais um youkai travesso, salvando poucas mídias que as retratam as outras visões de raposas, não sendo uma simples youkai trapaceira, mas a ideia única do que é o youkai raposa, ainda é muito presente no pensamento popular e na cultura pop. No folclore, as raposas podem ser boas ou más, sendo mensageiras de Inari ou serem uma divindade quando atinge as 9 caudas (em uma parte das lendas, as raposas ganham uma cauda a cada 100 anos, somando 9 a fazendo ascender como divindade ou deidade) ou sendo como Tamamo no Mae, a raposa maligna mais conhecida entre as lendas. Por que discutir sobre essas lendas é importante? Porque essas discussões trazem uma luz para o que é realmente a cultura japonesa, o pensamento social japonês do período Edo, e a sua compreensão social e desenvolvimento cultural durante o período Edo. Para compreendermos o porquê o folclore se desenvolveu mais na era Edo, principalmente o das raposas e o porquê são lendas que vivem através das eras.

 

Mas como ocorreu esse desenvolvimento e qual foi o incentivo? A era Edo conforme Brett Walker(2017), é conhecida como a era da grande paz, que teve seu início em 1603 quando o terceiro unificador do Japão, Tokugawa Ieyasu (1542-1616), estabeleceu o Bakufu de Edo. Em volta do século XVII a paisagem política tornou-se muito mais ordenada desde o início do Sengoku Jidai (guerra dos Estados Combatentes), exceto pela revolta de Shimahara (1637-1638) e rebeliões camponesas dispersas em vários graus de seriedade. O Japão passou por uma breve estabilidade no início dos anos modernos, assim incentivando o crescimento econômico e cultural.

 

Com a Europa mergulhada em guerras em meados do século XVII, o Japão evitou guerras ao máximo por estar debilitado e não aguentaria mais uma guerra interna, e com isso acabou desenvolvendo as instituições políticas, econômicas e culturais o que resultou no impulsionamento de uma nação moderna mais à frente. O crescimento urbano do Japão no século XVII foi de grande importância para o seu desenvolvimento, principalmente quando Toyotomi Hideyioshi realocou os samurais do interior para as cidades-castelos quando começou a caça às espadas (1588) quando ocorreu a desmilitarização, criando uma das maiores cidades do mundo, a cidade de Edo, que foi tão importante a ponto de o período das cidade-castelo ficar conhecido como Era Edo. Os samurais que foram realocados, tinham a natureza de produzir pouco por conta de sua ordem social, mas também consumiam muito, o que ajudou na formação da população das cidades. 

 

Por conta do vasto desenvolvimento cultural no período Tokugawa, poderemos analisar melhor o comportamento social perante o folclore das raposas, por ser considerado o mais presente a ponto de aparecer como peça no teatro Kabuki, bastante conhecido pelos plebeus e samurais das cidades-castelos. Conhecido por suas maquiagens exageradas e atuações igualmente exageradas, o teatro Kabuki era bastante aclamado na era Edo, tendo sua fundação no mesmo período, suas peças eram feitas somente por atores homens e as histórias eram contos que existiam na cultura japonesa, incluindo contos folclóricos que podem ter sido disseminados a partir daí para a sociedade japonesa e para o seu convívio.

 

Quando paramos para a analisar sobre o Japão, encontramos pelo caminho muito estereotipo e muitas fontes duvidosas, que temos que ter atenção dobrada para analisá-la, as vezes pode trazer uma informação importante sobre o tema ou apenas mais desinformação que tem que ser descartada, é com esse cuidado que temos de ter quando estudamos sobre o folclore japonês e sobre o folclore das raposas. Por causa de sua visão pop sobre os folclores, acaba criando-se um estereotipo do que deveria ser, mas que não é verdadeiro. A sociedade Edo, sofreu uma grande mudança em pouco tempo, tanto na visão social influenciada por um Neoconfusionismo quanto um desenvolvimento cultural massivo, trazendo não só o teatro Kabuki, como também uma nova visão artística chamada Ukiyo-e, que muitas das artes são representações de yokais, e a mais popular sendo as artes das raposas, como algumas das artes de Yoshitoshi.

 

A era Edo, como uma era de grandes mudanças, também nos traz uma nova visão do que é o sobrenatural sendo natural, o folclore sendo mais uma parte do cotidiano na era Edo. Com as raposas não era diferente, elas poderiam ser vistas como belas mulheres de cabelo preto e comprido e rostos finos que só queriam arranjar uma família e um lugar para viver em paz. Serem associadas como mensageiras da deusa Inari, e assim se tornarem algo divino e de adoração, ou apenas serem travessas e adorarem pregar peça nas pessoas ou até roubarem seus pertences como forma de diversão. A várias visões sobre o folclore das raposas, cada uma tem sua interpretação, não existe a versão certa e nem a versão errada e sim uma diversificação do que seria a raposa em si.

 

Contudo, precisamos de foco nas influências sociais que esse folclore das raposas trouxe. Medo? Admiração? Adoração? Amor? Ódio? O que as pessoas sentiam dentro do senso comum do período Edo quando ouviam algo relacionados as raposas? Contudo, as raposas tinham seu espaço social dentro da era Edo e esse espaço perdurou através do tempo e na atualidade. A partir do momento que o sobrenatural se torna natural, podemos perceber esse pensamento singular, para ocidentais pode ser estranho, mas para os asiáticos é muito comum.

 

A era Edo foi o ápice de criação de uma nova cultura que se espalhou pelo Japão, trazendo várias visões culturais quanto folclóricas que se misturaram dentro das cidades-castelos e apresentando novas culturas diversificadas e coloridas, com um novo rosto e como sinal de resistência ao xogunato Tokugawa. Mas também, o sobrenatural e o natural sempre estiveram em uma linha tênue, e poderíamos dizer que os japoneses estavam constantemente ligados a um sobrenatural que era tão natural quanto viver na correria do dia a dia. Yokais podem ser considerados raros e assustadores, podem ser o “bem” ou o “mal” dependendo do contexto. Em meio a tantas lendas, a das raposas foi uma das mais famosas e a qual se destacou em meio ao período Edo. Relatos na literatura, como a famosa lenda da raposa Tamamo no Mae, chamavam a atenção da população sobre o mistério das raposas. Tamamo no Mae era uma raposa de nove caudas que surgiu no período Muromachi (1336-1573) e rodou o mundo inteiro, por onde passava, deixava um rastro de destruição. Encontrou seu fim no Japão quando o imperador Toba (1103-1156) adoeceu e a descobrirem. Foi caçada e morta, e sua alma aprisionada em uma pedra por um monge depois de um exorcismo. Essa lenda ficou muito conhecida no período Edo, ocorrendo até que várias histórias sobre raposas desse estilo se misturassem, formando uma lenda só. Em março de 2022, essa pedra se partiu ao meio, trazendo uma grande repercussão pelo mundo e pelo Japão inteiro. Houve muitas explicações cientificas junto a esse fato, mas muitos japoneses ficaram mais preocupados com a rachadura da pedra por justamente ser a pedra que tradicionalmente prendia a alma de Tamamo no Mae e que poderia trazer uma onda de maus presságios para o Japão.

 

Essa notícia sobre a pedra de Tamamo no Mae nos mostra o quanto a cultura ainda é forte e viva no dia a dia da sociedade japonesa, o que nos faz voltar novamente para a era Edo, para buscarmos entender esse pensamento cultural com a mitologia tão presente. Como já foi comentado, para estudarmos sobre yokais, que são figuras que estão entre o natural e o sobrenatural, buscamos os documentos de registros literários e artísticos de Edo, por ser o período com maior desenvolvimento cultural pela época da Grande Paz, que foi o maior período de desenvolvimento japonês, tanto para a economia quanto cultural e socialmente. Por conta das misturas de lendas regionais japonesas em Edo, temos uma amplitude de mitos e lendas contadas pela população que veio de áreas rurais. Ainda assim, nem todas as histórias foram registradas; muitas foram passadas oralmente, porque seus interlocutores na maioria das vezes não eram letrados ou mal sabiam ler ou escrever.

 

Esse pensamento cultural ficou mais forte no período Edo justamente pelo seu desenvolvimento, quando começaram a surgir também a arte do povo para o povo. Escritores populares que caíram nas graças da população e artes em Ukiyo-e obscenas despertavam o interesse da classe de comerciantes no Japão, o que acabou se tornando bastante acessível para os novos ricos no Japão sem título de nobreza. Dentro dessa disseminação de várias versões das lendas, a das raposas foi uma das mais populares, não só pelos relatos, mas também pela ligação que elas tinham com Inari, a deusa do arroz e da fertilidade. Existem vários templos de Inari espalhados pelo Japão atualmente e como estátuas protetoras.

 

Quando analisamos a cultura pop atual, vemos muitas versões de raposas apresentadas em algumas obras, como no exemplo mais famoso, o anime Naruto e Naruto Shippuden, que usam da versão mais maligna da raposa de nove caudas, mas que no decorrer da história, ela acaba se tornando boa. No jogo Okami temos outro exemplo de raposa maligna, que toma a forma de um dos personagens amistosos e induzo principal a roubar um artefato mágico para que ela pudesse se tornar uma deidade. E por último temos jogo Muramasa: The demon Blade, no jogo as raposas servem como guia para os personagens principais atingirem seus objetivos, elas aparecem sempre em forma humana e dão conselhos para os personagens que os deixam em dúvida se querem continuar com o que estão fazendo ou não. Aqui temos os exemplos do que seria visto como “bem” e o “mal” para o yokai: entende-se que a índole pode mudar e favorecer aqueles usufruem do que o yokai dá, mas que nos olhos de outros lhe traz desvantagem, e por isso seria maligno. A raposa de nove caudas, na visão japonesa nacional, pode se tornar uma deidade poderosa, por conta de cada século ganhar uma cauda por acumular energia e conhecimento. É uma figura muito usada também na cultura pop japonesa por justamente ser uma lenda bem popular desde o período Edo. Contudo, o período Edo nos mostrou uma nova visão de cultura que perdurou por séculos. Esse conjunto de manifestações culturais ficou enraizado na população japonesa das cidades-castelos, que transmitiram as lendas através das manifestações culturais da época e que duram até hoje em suas versões regionais. Porém, também não se pode ignorar que a visão nacional acaba sendo dominante, deixando nas sombras outras visões de cidades rurais. Por conta da cultura da era Edo, devemos relembrar que o mito acabou se misturando à história; isso é um fator muito importante, por conta da associação de certos yokais ao povo japonês e o porquê de ser tão comum eles verem yokais com tanta naturalidade até hoje.

 

Referências

Autora: Possui graduação em História pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (2022); Coautora: Professora Associada III em História Antiga na UNIRIO - Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

 

Atlas of Japan. The Brown Reference Group plc. Ediciones.Folio, S.A. Barcelona, 2008.

 

ASHKENAZI, Michael. Handbook of Japanese mythology. ABC-CLIO, Inc., 2003.

 

FOSTER, Michael Dylan, 1965–. Pandemonium and parade: Japanese monsters and the culture of yokai. University of California Press, Ltd. London,2009.

 

FOSTER, Michael Dylan. The book of yokai: mysterious creatures of Japanese folklore; with  original  illustrations  by Shinonome  Kijin. University  of  California  Press,  Ltd. London, England, 2015.

 

HENSHALL, Kenneth G. História do Japão-2ª edição. EDIÇÕES 70,2018.

 

SAKURAI,  Célia. OsJaponeses. –2ª  edição,    reimpressão. –São  Paulo:editora Contexto, 2019.

 

SÁ, Michele. -Teatro Kabuki: das origens à contemporaneidade. –Artigo em Estudo Japoneses. Mato Grosso do Sul. 2018.

 

SUZUKI, T. Origem e desenvolvimento da xilogravura Ukiyo-e.Estudos Japoneses,8, 93-98, 1988.

 

WALKER,  Brett  L. História Concisa  do  Japão;  tradução  Daniel  Moreira  Miranda. -São Paulo: EDIPRO, 2017.

13 comentários:

  1. Olá Olívia e Juliana, boa tarde! Texto superinteressante e instigante! Muito bacana! Parabéns! Ao fazer a leitura do texto não pude deixar de tentar associar a lenda das raposas japonesas com as chinesas e coreanas (raposa de nove caudas). Vocês saberiam dizer se existe alguma relação entre elas? Muito obrigada! :) RENATA ARY

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  2. Suelen Bonete de Carvalho4 de outubro de 2022 às 17:41

    Adorei o texto! E eu ia perguntar praticamente a mesma coisa da colega de cima, se existe alguma relação com a lenda da raposa coreana.
    Suelen Bonete de Carvalho

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  3. Olívia Nogueira Flausino4 de outubro de 2022 às 21:24

    Olá meninas, boa noite! Fico feliz que tenham gostado do meu texto! Agora respondendo a pergunta de ambas, as lenda das raposas do Japão tem sim uma influência coreana e chinesa. Na Era Yayoi (1000 a.C-300d.C), ainda na formação da sociedade do Japão, nesse período o Japão recebeu muita influência chinesa na sua formação social baseada na China Antiga e também da Coréia. Durante o período Yayoi, características culturais da Coréia e da China se misturaram com as do Japão durante vários séculos. Tanto que na Era Heian (794–1185) a família imperial falava chinês durante o período, que também foi quando começou a ter registros, muitos vagos sobre o as lendas e o sobrenatural japonês. É interessante ressaltar também essa antiga relação de comércio e influência entre Japão, China e Coréia.

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    1. Que interessante! Adorei! Obrigada pela resposta! :) RENATA ARY

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    2. Suelen Bonete de Carvalho6 de outubro de 2022 às 22:07

      Obrigada pela resposta!!! Acho fascinante o assunto e me despertou muito a vontade de ler a lenda Chinesa, que eu não tinha conhecimento a respeito!

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  4. Olá, Tudo bem? Gostaria de parabenizar pela escrita do texto. Sem dúvida, é um tema que aguça a minha curiosidade, neste sentido, queria saber como vocês avaliam as representações do hoje acerca das raposas em animes, jogos e animações com o teor das fontes estudadas. Ou seja, há mudanças, permanências, estereótipos? De que forma as representações das raposas chegam a nós?
    Att.
    Jessica Caroline de Oliveira

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    1. Olivia Nogueira Flausino6 de outubro de 2022 às 12:38

      Olá Jéssica! Bom dia! Estou bem sim e você? As lendas das raposas é muito mutável porque existem várias versões por conta das interpretações regionais do Japão. Então para uma região pode ser uma divindade, mas para outra pode ser algo maligno. É muito mais relacionado ao ponto de vista do ser humano. Além das visões regionais, também tem mudanças de interpretações por geração, ou seja, uma nova releitura. Agora como as raposas chegam a nós, depende da interpretação que o autor da obra teve, ele pode considerar a raposa tanto boa quanto ruim. Falar sobre a interpretação das raposas é muito complexo até para mim, e como eles mandam a interpretação deles através da cultura pop pode variar bastante. Eu vejo que as representações das lendas das raposas e até mesmo personagens raposas chegam a nós através da cultura pop, é também uma das lendas que são mais usadas entre os animes/mangás e até em jogos como Okami e Muramasa. Um grande exemplo que temos é do Naruto e Naruto: Shippuden, um anime/mangá muito famoso. O Kurama, a raposa que fica presa no selo do Naruto começou como mau, induzindo o personagem principal a usar seus poderes, mas no final se torna bom. Porque geralmente, nós vemos muito personagens raposas tomando a forma de mulheres belas ou de homens belos sendo bastante misteriosos, fechados e vivendo em algum templo isolado, sendo que na maioria das vezes as raposas se adaptam a sociedade. Espero ter respondido sua pergunta.

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  5. Lucas ferreira da cunha5 de outubro de 2022 às 15:17

    Gostaria de parabenizar o texto,foi muito esclarecedor,sobre a perspectiva do recorte historico mostrado nele ,a minha pergunta seria para a olivia e para a juliana,As lendas das raposas,mostra um grande impacto até hoje, sendo na cultura pop ou no imaginario da memoria a ideia de uma raposa maligna e uma boa e forte em nossas memorias,e isso se prolongou ate os dias de hoje,devido a transferencias de conhecimentos oral e por vias dos teatros orientais , isso meio que teria inflado a ideia e reforçado o imaginario coletivo e o analitico a observa sobre o que seria o bem ou o mal ao longo do tempo na cultura oriental ?

    desde já agradeço a atenção
    att.
    Lucas Ferreira da Cunha

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    1. Olivia Nogueira Flausino6 de outubro de 2022 às 12:53

      Olá Lucas! Fico feliz que tenha gostado do texto! Como comentei na resposta a cima, é muito complexo falarmos com certeza o que seria o bom e o mau por questões regionais. O que pode ser visto como "bom" para uma região, é visto como "mau" para outra. Depende muito do ponto de vista da pessoa.

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  6. Texto incrível
    Teria algum exemplo de representações não estereotipadas na cultura pop ou até mesmo entre as lendas da época?
    Thais Helena Barbosa Esperança

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    1. Olívia Nogueira Flausino6 de outubro de 2022 às 14:42

      Boa tarde Thaís! O próprio Naruto foge desse estereótipo na cultura pop. Porque a raposa, do nome Kurama, mantém sua forma de raposa, começa sendo uma raposa maligna e no final acaba se tornando bom e amigo do protagonista. Sobre as lendas, existem variações também, tem um conto que fala sobre uma raposa que tinha tomado a forma de um monge para convencer um homem a não caçar mais raposas, outro conto fala de uma raposa que possuí um jovem rapaz por ele ter matado seus filhotes. Sobre as peças de teatro não olhei muito afundo ainda por falta de material.

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  7. Paulo Cesar Lopes (Professor Tutor(UNIRIO)6 de outubro de 2022 às 21:28

    Boa noite Olívia.

    Estou muito feliz por você!!!!
    Gostei de mais do seu trabalho.

    Tendo em vista o desconhecimento do ocidente em relação à História e cultural oriental, bem como os inúmeros estereótipos estabelecidos por conta dessa falta de conhecimento, pergunto:

    O que você acha do uso do cinema no ensino da História oriental? Teria como explorar, de forma positiva, esse mecanismo com o
    objetivo de expandir esse conhecimento?

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    1. Olívia Nogueira Flausino6 de outubro de 2022 às 23:38

      Boa noite professor! Fico feliz de saber que o senhor gosta do meu trabalho, muito obrigada! Eu sempre achei o cinema como uma ferramenta de auxilio para o professor de história, para deixar a aula mais dinâmica também. Então eu acho que usar o cinema oriental para o ensino da História oriental também é uma boa, principalmente pela forma que eles interpretam os filmes. Sabemos que em todos os filmes históricos tem a licença poética, mas acho que teriam uma aproximação maior com o oriente no quesito cultura, sociedade e política.

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