A
relação de Portugal com o Japão remonta ao século XVI, quando os lusitanos
foram os primeiros europeus a aportar na ilha de Tanegashima, no sul do
arquipélago nipônico. Como é largamente sabido, a chegada portuguesa ao Japão
em meados do Quinhentos mudou os rumos da história japonesa, já que, como Boxer
[1951] expõe detidamente, o início da missão catequizadora lusitana, a
intermediação portuguesa do comércio japonês com o exterior e a introdução das
armas de fogo foram aspectos fundamentais para as decisões políticas adotadas
no Japão ao longo da segunda metade do XVI e início do XVII. Foram, assim,
aproximadamente sessenta anos de intensa presença lusitana que marcou
fortemente tanto a história japonesa quanto a história e a memória coletiva
portuguesa.
Tal
fato faz o Japão, quando surge nas Letras Portuguesas, muito recorrentemente
ser retratado em um momento histórico específico: entre aproximadamente 1549 a
1614, quando os portugueses e jesuítas circularam pelo Japão em sua missão
religiosa e comercial. De fato, se bem observado, a literatura portuguesa – ao
menos aquela tida como canônica – tem como uma característica marcante a
visitação a temas histórico-políticos nacionais. Ou seja, os principais autores
do cânone lusitano desde o século XV até, pelo menos, a segunda metade do
século XX, são, muitas vezes, assinalados pelo modo como cada um leu seu país,
sua história e sua sociedade.
Entretanto, a
literatura portuguesa contemporânea, principalmente aquela feita nas duas
primeiras décadas do século XXI, tem proposto quebras com essa tradição
literária. Miguel Real [2012, p. 23] aponta, por exemplo, que o romance
português contemporâneo deixa de ter como alvo “o público português com
fundamento na realidade regional portuguesa, [...] preso quase em exclusivo a
ambientes nacionais e a um «homem» nacional, [mas,] destinam-se a um público
universal e a um leitor único, mundial, ecuménico”. Gabriela Silva [2017, p.
6072] defende este mesmo ponto ao argumentar que:
“há na literatura
portuguesa contemporânea um nítido rompimento com a tradição temática que lhe é
peculiar. Os romances do final do século XX e XXI alinham-se [no] afastamento
dos temas históricos ou políticos − que a literatura portuguesa tem sustentado
desde muito tempo”.
A partir de tal sugestão
interpretativa, vem-nos à mente a seguinte questão: estariam as representações
do Japão na ficção portuguesa contemporânea seguindo o mesmo rumo, isto é,
deixando de falar quase que exclusivamente da relação quinhentista entre
Portugal e o arquipélago nipônico?
Um levantamento de
obras em que o Japão é retratado mostra que, ao mesmo tempo, pode-se ver
manutenções e rupturas destes retratos. Por um lado, o gênero Romance Histórico
é bastante popular na produção ficcional portuguesa atual, o que faz com que
alguns desses títulos voltem suas atenções a figuras nacionais do passado que
estiveram em solo japonês. São obras que buscam histórias com: “«heróis»
conhecidos ou anónimos, cuja grandeza e miséria, tão humanas construíram nosso
Passado colectivo, criando os alicerces dos nosso Presente e, de algum modo,
marcando também o Futuro dos portugueses” [BARROQUEIRO, 2012, p. 13]. Assim,
encontram-se obras, por exemplo, como O Corsário dos Sete Mares [2012],
de Deana Barroqueiro; e a trilogia O Samurai Negro [2016], Xogum, o
senhor do Japão [2018] e A Dama do Quimono Branco [2019], escrita
pelo historiador João Paulo Oliveira e Costa. Por outro lado, nota-se, de fato,
um novo olhar ao Japão em alguns textos contemporâneos. Valter Hugo Mãe, por
exemplo, em Homens Imprudentemente Poéticos [2017], cria um Japão
singular, subjetivo, que conta uma história que transcorre em uma vila em um
passado remoto. Embora Mãe evoque um passado e aspectos da cultura tradicional
como elementos caracterizantes do Japão em seu romance, ele se diferencia dos
outros romances portugueses pelo fato de não alicerçar seu enredo na relação
histórica entre lusitanos e nipônicos. Desta forma, Mãe parece querer falar de
questões universais – como a morte – por meio da criação de um Japão próprio,
“puro”, em que todos os elementos remetem à sua visão particular do que seria o
Japão e sua cultura. Entretanto, a ruptura mais clara com essa “tradição”
literária portuguesa nos parece acontecer no romance Ensina-me a voar sobre
os telhados [2017], de João Tordo.
João Tordo é um autor
que vem ganhando destaque no cenário literário português atual. É autor de
catorze romances em dezoito anos de carreira como romancista. Suas ficções têm
como temas centrais, segundo o próprio autor, a reflexão em torno da solidão
humana e da memória [TORDO, 2018, p. 186]; além da morte e das relações
familiares e pessoais. Também se destaca em sua obra a migração de personagens
de um romance para outro, fazendo com que os textos dialoguem entre si e, em certo
sentido, se complementem.
Ensina-me... é o décimo primeiro
romance do autor e se constitui de uma narrativa simbólica, fragmentada e
labiríntica, que intercala duas histórias que apenas nos momentos derradeiros
do texto se unem. A primeira, narrada em primeira pessoa pelo protagonista, se
passa em Lisboa, a partir do início do século XXI, e conta o encontro e a
relação de amizade desenvolvida entre este narrador com Henrique Tsukuda, um
português de ascendência japonesa. Em determinado momento do romance, Tsukuda
cai do telhado da escola em que o protagonista trabalhava em uma aparente
tentativa de suicídio. Com o amigo inconsciente e hospitalizado, essa linha
narrativa se desenvolve por meio da busca do narrador em conhecer a história e
os motivos que levaram Tsukuda ao hospital. Ou seja, é a busca do protagonista
pela memória do amigo internado. A outra narrativa, narrada em terceira pessoa,
se passa mormente no Japão, tendo início no ano 6 da era Taishō, ou seja, 1917.
Essa linha começa na vila costeira de Hamada, em Shimane, no oeste japonês, e
narra, ao longo de um século, a história da família Tsukuda. Ganham ênfase as
trajetórias do avô de Henrique, Katsuro, e seu pai, Saburo. Ao final do
romance, como mencionado, as linhas narrativas se unem com o protagonista
conhecendo o pai de Henrique e com a história da família Tsukuda se
completando.
Por um lado, o
romance pode ser visto como um texto “típico” de Tordo, uma vez que nele são
identificáveis diversas características presentes em outros romances do
escritor: a presença de um personagem que tenta “apropriar-se e valer-se da
memória do outro e da própria memória” [SILVA, 2017, p. 6071] para entender o
mundo ao seu redor; a solidão humana; o isolamento; a morte; a narrativa
fragmentada; entre outros. Assim, como alguns estudos têm explorado, a
psicologia e a psicanálise parecem caminhos bastante ricos de leitura não
apenas desta obra, mas da bibliografia tordiana como um todo. Também é possível
depreender uma leitura da história portuguesa no romance, principalmente do
período da ditadura salazarista e da guerra colonial [1961-1974], que culminou
no 25 de Abril. Pode-se, assim, colocar este romance em diálogo com outros
textos de Tordo, como Anatomia dos mártires [2011].
Entretanto, e este é
o ponto que nos interessa, o romance também abre espaço para uma leitura de
como o autor retrata o Japão e as personagens japonesas do romance. É possível
refletir, por exemplo, sobre como as mulheres nipônicas são desenhadas pelo narrador
heterodiegético de parte da narrativa; como a subjetividade da cultura japonesa
tradicional aparece refletida no romance; a relação do autor com a literatura
japonesa; entre outros aspectos. No entanto, dar cabo desta interpretação nos
exigiria um espaço significativamente superior aos limites determinados deste
trabalho. Portanto, aqui, centraremos nossa atenção em quais aspectos da
história japonesa são avultados no romance e como estes dialogam com a
“tradição” de representação do Japão na literatura portuguesa.
O primeiro aspecto
que chama a atenção na criação de Tordo está, como dissemos, no período
histórico a ser retratado. Não há interesse por parte do autor em ir ao
encontro das relações do passado entre seu país e o povo asiático. A história a
ser contada é da família Tsukuda que, em determinado momento, foi a Portugal. O
enredo dessa família se inicia no ano de 1917, se estendendo até o ano de 2017.
Neste ínterim chega ao leitor uma interpretação de momentos-chave da história
japonesa do século XX, como a sociedade do país após 1945.
No que tange este
ponto, o capítulo 13, intitulado “Showa 44”, é significativo, pois é ali que se
retrata uma Tóquio entre os anos de 1947 e 1969.
Em momento anterior
do romance, Saburo fora jogado do telhado por seu insano pai, pouco antes da
morte deste. Este episódio fere permanentemente as pernas de Saburo, que passa,
a partir de então, a andar de muletas. Após este episódio Saburo foge, em 1947,
com sua mãe, de Hamada para Tóquio, onde passam a viver. Assim, a sociedade
japonesa descrita pelo narrador desta parte do romance é um Japão urbano e em
transformação no pós-guerra. Eis a descrição da Tóquio dessa época:
“A guerra terminara,
mas o Japão permanecia em conflito interno, uma guerra ainda pior do que a
anterior, tempos ainda mais difíceis do que os anos de atrocidades. Havia muita
pobreza: gente a dormir ao relento, homens, mulheres e crianças transformados
em pedintes, desapossados de tudo. Saburo nunca vira degradação daquela estirpe
em Shimane; nem semelhante fome ou decadência, pessoas a viver nas ruas, sem um
tecto. [...] Nunca vivera no epicentro de uma tempestade que acabara de
amainar. Havia vergonha no rosto dos Japoneses. A humilhação da rendição,
anunciada por Hirohito dois anos antes, fora a primeira vez que a maioria dos
Japoneses escutara a voz do soberano, que ainda ressoava, desgostando-lhes o
orgulho. Os líderes passaram a ser os Aliados, os Americanos; o novo imperador
era Douglas MacArthur” [TORDO, 2017, p. 435].
Portanto, o Japão que
emerge no livro do Tordo é um país em reconstrução, que não remete a nada que
seja português ou a elementos tradicionais nipônicos. Vale ressaltar que
imagens de Tóquio enquanto centro de um mundo moderno e tecnológico são comuns
na literatura ocidental. Entretanto, aqui, Tóquio ainda não é a metrópole
superpopulosa ou altamente tecnológica. É um local degradado em que as pessoas
estão vazias, tristes e solitárias [TORDO, 2017, p. 421].
O mesmo clima
impregna a casa em que Saburo vive com a mãe no bairro de Tateishi. A natureza
de Hamada é substituída por um espaço apertado, em que se ouvia apenas o som
“[d]os comboios [a] passarem pela linha férrea e o locutor da rádio” [p. 421].
Em 1969, já adulto e
sem a mãe, Saburo segue em Tóquio. Trabalha na IBM, enquanto cursa a
universidade no período noturno. Assim, a rotina de um kaishain
[funcionário de empresa] também é representada. Ali, são vistas questões
hierárquicas das quais Saburo deseja, mas não consegue fugir. Ainda, sua
condição de pessoa com deficiência o faz ser constante vítima de ijime [bullying]
por parte dos outros funcionários. Embora quisesse externar sua raiva,
desejasse “ser mais parecido com o pai” e “matar Watanabe” – o principal colega
que lhe faz bullying –, Saburo apenas consegue esboçar “uma carantonha de
diversão [e] sente a ferida por dentro a crescer, alastrando-se” [p. 421].
Logo, a cultura japonesa que se vê no romance não é a antiga ou tradicional,
mas uma cultura corporativa que se fortaleceu nessa época e, em alguns pontos,
ainda é vista.
Desta forma, o
principal retrato histórico da sociedade japonesa no romance lembra pouquíssimo
o que largamente se encontra na literatura portuguesa. Em primeiro lugar, não
há espaço para tradições. Embora tais elementos existam no texto, não se vê em
abundância símbolos nacionais japoneses, que não raramente estão a criar uma
“atmosfera nipônica” em textos ocidentais. Tampouco recua séculos no tempo e
advoga por uma relevância de seus antepassados na formação da sociedade
japonesa contemporânea. Ainda, elementos da natureza, sempre tão relacionados à
cultura japonesa, são substituídos por um espaço suburbano de uma cidade em
transformação, cuja população vive, tal como as máquinas que a cercam, mecânica
e tristemente. Por certo, Tordo não é o único a retratar um Japão do pós-guerra
desta maneira. Entretanto, quando comparado com outros textos “japonistas” de
seu país, o autor destaca-se por não recair em temas, imagens e lugares comuns
vistos de forma frequente em outras obras.
É interessante notar
que a parte narrativa que se passa no Japão, embora não resgate o passado
histórico português, não se priva de colocar personagens lusitanas. Entretanto,
ao contrário do que se pode pensar num primeiro momento, a ruptura com a
“tradição” de seu país, de fato, se fortalece com a presença dessas
personagens. A atitude e o papel que cada uma assume reforçam a pouca ligação
do romance com o passado histórico quinhentista português.
Neste cenário, duas
personagens se destacam: a primeira é Gaspar, o português que, no segundo
capítulo do romance, é chamado pelo “governador” de Hamada para ensinar Katsuro
– avô de Henrique – a nadar:
“o pai mandou chamar
um marinheiro de feições selvagens oriundo da província contígua, da cidade de
Nagato, que era, diziam os peritos, o melhor nadador do Japão. [...] O homem
era muito alto, tinha cheiro acre, barba cerrada. Falava um japonês rudimentar,
poucas palavras roucas, mas parecia entender tudo. Katsuro nunca vira um
ocidental. O pai explicou-lhe que Gaspar era português, lacaio e intérprete do
Prefeito de Yamaguchi, também falava espanhol e algum inglês, era um homem
útil, mas ainda assim um selvagem, e ficaria ali o tempo necessário até Katsuro
aprender a nadar” [TORDO, 2017, p. 60].
Gaspar pouco
participa do enredo, não fazendo mais do que ensinar Katsuro a nadar, sem
outras ações ou falas significativas. É submisso aos desmandos de seu aluno,
que é salvo vez ou outra da correnteza e de sua arrogância pelo professor de
natação. O par de páginas em que Gaspar surge no início do romance e seu papel
coadjuvante, de certa forma, já anuncia ao leitor que aquele não é um livro
sobre a presença portuguesa no Japão e que este passado não será ali exaltado.
Graça, outra
personagem lusitana do romance, é filha de um imigrante português que fora ao
Japão para escapar da ditadura salazarista. É futura esposa de Saburo e mãe de
Henrique Tsukuda. Esta personagem é uma das poucas a se aproximar de Saburo,
cuja timidez – e as “pernas de espaguete” [TORDO, 2017, p. 424] – o deixa com
uma vida social exígua. Durante algumas conversas entre Saburo e Graça, quando
ainda estão se conhecendo, vem à tona assuntos sobre as relações
nipo-portuguesas, como palavras japonesas oriundas do português, tratadas
apenas como “curiosidade” [TORDO, 2017, p. 425], ou a presença portuguesa no
Japão quinhentista. Eis um relevante trecho:
“conversam numa
língua estrangeira que Saburo adivinha ser português. Conta-lhe que, na
infância, ouviu falar algumas vezes de um homem chamado Gaspar, que foi
professor de natação do seu pai, e que era português. Graça sorri, é uma
história curiosa, nós sempre fomos grandes marinheiros, os primeiros europeus a
chegarem ao Japão, mas o que trouxemos foi a religião, as palavras, a tempura,
o açúcar refinado, os doces dos bárbaros do Sul, bisukauto e karumera,
não trouxemos propriamente o desporto e muito menos a natação, onde os atletas
japoneses são claramente superiores, sobretudo no pólo aquático” [TORDO, 2017,
p. 440].
A pouca relevância
dada à presença portuguesa no Japão pelas personagens, a redução desse momento
histórico à esfera de curiosidade, o desconhecimento real de Saburo sobre as
coisas de Portugal apenas reforçam a imagem de independência do Japão de Tordo
à “tradição” literária de seu país. Ainda, Graça falece quando Henrique,
nascido já em solo português, tinha 10 anos, o que faz, mais uma vez, com que
as personagens portuguesas no “núcleo” japonês do romance tenham papéis
diminutos. Tratamento semelhante recebem os elementos tradicionais da cultura
japonesa, quando surgem. Ao invés de usá-los para caracterizar o Japão do
romance, Tordo coloca na boca de suas personagens indiferença e até certo
lamento pela mercantilização da história e da cultura:
“Passam por uma loja
de antiguidades. Ela detém-se um momento junto da montra e fica a observar o
que ali está exposto, artefactos sem cronologia, de tempos tão distintos.
Aponta para isto e aquilo, um antigo quimono, um leque dourado, o vaso de uma
dinastia há muito esquecida, pratos e pires e chávenas decoradas com caracteres
chineses e pássaros, carrinhos de brincar em latão, cigarreiras, estátuas do
Buda, um par de sapatos de ballet. É aqui que a História se perde, diz
ela” [TORDO, 2007, p. 438].
Igualmente, em
momento avançado do romance, quando o narrador-protagonista vai ao Museu do
Oriente em Lisboa, em uma recepção com altos dignitários do Japão na tentativa
de encontrar Saburo para, enfim, entender o passado de seu amigo Henrique, ele
se depara com uma exposição de objetos tradicionais japoneses. É com certa
inércia que o narrador observa “atrás de vitrinas, roupas e artefactos
japoneses, gravuras, sombrinhas, indumentárias de samurai.” [TORDO,2017, p.
455]. Portanto, reforça-se que o Japão de Tordo pouco evoca o tradicional.
Antes, são artefatos antigos mercantilizados ou expostos de uma sociedade
cosmopolita, porém com ares lânguidos, mecânicos e introspectivos, como
costumam ser os espaços tordianos.
Sinteticamente,
nota-se como a sociedade japonesa descrita pelo romance preza por uma visão
mais distanciada das relações nacionais com Portugal e se pauta não só
criticamente no que tange ao passado quinhentista, como também em relação aos
símbolos que, normalmente, remetem ao Japão. Assim, embora o romance dialogue
fortemente com a subjetividade e assuma contornos fantásticos – fato que aqui
não pudemos destacar –, o Japão de Tordo não caminha por um fascínio encantado
e místico das tradições japonesas, como muitas vezes encontramos nas Letras
ocidentais. Antes, a leitura tordiana desse país asiático aponta para um espaço
pouco diferente de outros ambientes urbanos, em que os sentimentos universais
de solidão e recolhimento vêm à tona, no passado e no presente.
Ainda
resta muito a dizer e a desenvolver no que tange ao Japão em Ensina-me a
voar sobre os telhados. Nesta curta intervenção, objetivamos apenas pontuar
como o jovem romancista português logra apresentar uma faceta original, dentro
da literatura de seu país, do Japão e sua cultura que, de forma diferentes, há
séculos, tem chamado a atenção e inspirado tantos escritores que o observam à
distância.
José Carvalho
Vanzelli realiza pós-doutorado [Estudos Literários] na Universidade Federal do
Paraná [UFPR]. É mestre e doutor em Letras [Estudos Comparados de Literaturas
de Língua Portuguesa] pela USP. Graduado em Letras [Português-Japonês] pela
USP. Autor do livro Portugal e o Oriente: Antero de Quental – Camilo Castelo
Branco – Eça de Queirós - Pinheiro Chagas [2021]. Organizador do livro Literatura
Portuguesa Contemporânea: entre ficções e poéticas [2020]. Suas
pesquisas centram-se principalmente nos temas: Orientalismo; representações do
Japão nas literaturas de língua portuguesa; literatura japonesa; e diálogos da
literatura com outras artes e outras ciências humanas.
BARROQUEIRO, Deana. O Corsário dos Sete Mares. Fernão Mendes Pinto. Alfragide: Casa
das Letras, 2012.
REAL, Miguel. O romance português contemporâneo: 1950-2010. 2. ed. Alfragide:
Caminho, 2012.
SILVA, Gabriela. A escrita e a solidão em O
Paraíso segundo Lars D. de João Tordo. In: Congresso Internacional da ABRALIC,
XV, 2017, Rio de Janeiro. Anais
eletrônicos, Rio de Janeiro: ABRALIC, 2017. v. 4. p. 6071-6080.
TORDO, João. Ensina-me a voar sobre os telhados. Lisboa: Companhia das Letras,
2017.
TORDO,
João. “No tempo e território da escrita: entrevista com João tordo”.
[Entrevista concedida a] Bruno Mazolini de Barros. in Navegações, v. 11, n. 2, 2018, p. 186-188.
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